quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Capítulo 20 – Quando é que aprendes a ser feliz?

“As lágrimas que não saem depositam-se no coração, com o passar do tempo vão formando uma crosta e paralisam-no.”
Susanna Tamaro

Lara sentia-se triste com aquela situação, o que ela menos queria estava a começar a acontecer, estava a magoar David.
Ela tinha o seguido até a praia, ele encontrava-se desamparado, sentado a beira mar… A lua brilhava no céu, o mar fazia um som esplêndido, todo aquele ambiente era pacifico…
Pé ante pé, ela caminhou até ele, estava confusa com tudo aquilo, tinha tantas perguntas sem respostas. Primeiro aquela atitude de Joana e agora esta atitude de David… Sentou-se ao lado dele, estiveram assim durante breves minutos, nenhum dos dois proferia uma única palavra, mas Lara estava decidida a quebrar aquele gelo que se fazia sentir, numa noite quente de verão…
Lara: Este sítio é espectacular, transmite uma paz imensa… (ele permanecia a olhar em frente, por momentos Lara sentiu-se fragilizada não sabia bem como lidar com aquela situação, mas decidiu continuar) Costumam dizer que o mar é um bom conselheiro, ainda não nos conhecemos bem, mas eu adoro esta praia, nas férias costumo vir aqui muitas vezes, principalmente à noite, quando tudo esta mais tranquilo…
O silêncio de David permanecia intacto, aquilo começava a fazer com que o estado de Lara se altera-se, não conseguia perceber o porque de tanto silêncio… Eles não namoravam, isso era um facto, porque tanta admiração naquelas palavra, ela não disse que não gostava dele, só disse que não eram namorados…
Lara: David, eu não sei porque estas assim, mas já percebi que a culpa é minha… Só não consigo perceber porque!? Eu gostava sinceramente que me dissesses o que fiz, não sei se foi porque eu disse que nós não éramos namorados!? Mas nós não somos, tínhamos combinado não assumir nenhuma relação, porquê isto agora!?
David continuava calado, não tinha respostas para Lara. Apenas sentia-se desiludido com a maneira fria como Lara tinha falado.
Lara: OK, não queres falar não fales, eu compreendo ou pelo menos tento…
Lara voltou para dentro do restaurante e rapidamente os amigos perceberam que aquela conversa não tinha corrido como esperavam. Ela vinha com um ar abatido, estava visivelmente afectada com tudo aquilo… Não era pessoa de se entregar facilmente aos sentimentos, mas ninguém é de ferro e quando o que sentimos fala mais alto, não a volta a dar…
Lara: Eu vou andando para casa!
Ruben: Nós também vamos. Alguém pode ir chamar o David?
David: Não é preciso manz, eu já estou aqui.
Catarina: Boa, então vamos.
Seguiram para casa. O ambiente estava tenso, mas nenhum deles teve coragem de quebrar aquele silêncio constrangedor. Já em casa todos seguiram para sala.
Lara: Bem, a casa tem 3 quartos fora o dos meus pais, por isso pensei que o Ruben e a Catarina podiam ficar num, o Gustavo e a Joana noutro, e o David no meu, eu fico com o quarto dos meus pais. Se alguém não estiver de acordo é só dizer!? (proferiu tais palavras sem nunca se atrever a olhar para David)
Joana: Por mim está óptimo.
Acabaram todos por concordar.
Gustavo: Bem galera, que tal um filmezinho? A Lara tem uns filmes bacanas.
Catarina: Eu alinho.
Lara: Eu vou dormir, ate manha.
Catarina: Já? Ainda é cedo.
Lara: Eu sei mas estou cansada, desculpem, preciso mesmo de descansar. Vá malta, boa noite, sabem onde esta tudo a casa é vossa…
Lara retirou-se. Começaram a preparar então o filme e umas pipocas. David apesar de continuar na sala, estava distante. Mil e uma duvidas e perguntas instalaram se na sua cabeça. Gustavo apercebeu-se disso e sabia que podia ajudar o amigo, pois tinha presenciado tudo o que se tinha passado com Lara e Pedro, mas preferiu falar com ele no dia seguinte. Sabia que o melhor era lhe dar algum espaço para pensar claramente…
Joana: Malta comecei sem mim, eu já venho.
Lara já tinha trocado de roupa quando houve alguém a bater á porta.
Joana: Posso?
Lara: Claro. Passa-se alguma coisa?
Joana: Não só vim ver como estavas!? Escusas de negar, porque eu sei que não estás bem. Mas também Lara que resposta foi aquela? Não podias ter sido mais meiga?
Lara: Tu também? Mas o que se passa com vocês? Eu só disse a verdade.
Joana: Isso não é bem assim.
Lara: É assim, é. Eu não namoro com o David.
Joana: Não namoras porque nem deste hipótese ao rapaz. Tentas fugir ao máximo dos teus sentimentos, e como era de esperar estás-te a magoar com isso e a fazer o David sofrer também. Caramba Lara, quando é que aprendes a ser feliz?
Lara não respondeu, ela sabia que Joana estava cheia de razão. Ela fugia do David, mas apenas fisicamente, porque o seu coração, esse á muito tempo que já lhe pertencia, nutria por ele o sentimento de que tanto Lara tinha medo… O amor… E disso ela já não podia voltar atrás, estava encurralada, num beco sem saída. A saída possível, era amar e deixar ser amada. Abraçou Joana, como forma de agradecimento por tudo o que lhe tinha dito. Só Joana sabia como abrir os olhos a Lara e ajuda-la a ver o que ela não queria ver. Joana regressou para a sala e Lara acabou por adormecer. O dia seguinte prometia mais emoções e fortes…Será que era desta que Lara se rendia aos seus sentimentos e passava a usar mais o coração em vez da cabeça? Será que é possível fugir do labirinto do amor?

4 comentários:

  1. Então???? quero mais!!!

    adorei

    continua


    bjs

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  2. Adorei a forma como escreves, é maravilhosa. Parabéns e continua :D
    Beijinhos e um Feliz Natal :)
    http://mariailoveyou.blogspot.com/

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  3. Opa', entãO?? =/

    QuerO maiis..
    AdOreii..

    BjnhOo

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  4. quero mais...

    posta mais hoje, por favor...

    acabas assim agora tou super curiosa pelo proximo...

    continua...

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